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Fundador do WikiLeaks agradece apoio de Lula em entrevista

Fundador do WikiLeaks Julian Assange disse que “[Lula] é um caso especial, porque está deixando o cargo, e isso lhe permite ser mais direto do que havia sido. Já não tem que prestar nenhuma lealdade aos Estados Unidos” | Paul Hackett / Reuters
Fundador do WikiLeaks Julian Assange disse que “[Lula] é um caso especial, porque está deixando o cargo, e isso lhe permite ser mais direto do que havia sido. Já não tem que prestar nenhuma lealdade aos Estados Unidos” (Foto: Paul Hackett / Reuters)

Em entrevista ao jornal espanhol "El País", o fundador do WikiLeaks, Julio Assange, agradeceu o apoio que recebeu de líderes da América do Sul e da Austrália, "em especial" ao presidente Lula, que criticou sua prisão em discurso no Planalto.

"[Lula] é um caso especial, porque está deixando o cargo, e isso lhe permite ser mais direto do que havia sido. Já não tem que prestar nenhuma lealdade aos Estados Unidos", disse Assange ao diário espanhol.

O fundador do Wikileaks, que responde a duas acusações de crimes sexuais na Suécia e deixou a prisão em Londres na última quinta-feira, contou como se sente agora cumprindo a pena de liberdade condicional na mansão do apoiador Vaughan Smith, nas cercanias de Londres.

"É maravilhoso ter deixado o confinamento. Me sinto muito determinado. Vi que recebemos apoio em escala mundial, especialmente na América do Sul e Austrália e é como se todo mundo, em todas as partes tenha nos apoiado. Mas quanto mais próximo está um homem do poder, menos predisposto está a nos apoiar, provavelmente porque tem mais a perder. Nos últimos dez dias, temos visto gente, incluindo próximas do poder, que demonstraram seu apoio."

Assange também contou receber ameaças de morte constantemente, principalmente dos Estados Unidos, após o site ter iniciado a divulgação de mais de 250 mil mensagens da diplomacia americana.

"Recebo ameaças a todo momento. Meu advogado as recebe, meu filhos também", disse o fundador do WikiLeaks. Questionado de onde procediam as ameaças, disse: "A maioria parecem vir de membros das Forças Armadas dos Estados Unidos."

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