O Exército do Paquistão vai lançar em breve um ataque contra a região tribal de Kurram, como parte de uma campanha para acabar com os refúgios do Taleban nas fronteiras com o Afeganistão, afirmou hoje o general Asif Yasin Malik.

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O Exército é alvo de severas críticas dos Estados Unidos, intensificadas desde a morte de Osama bin Laden no Paquistão no mês passado, por fazer muito pouco para fechar as bases operacionais do Taleban em seu território. Autoridades norte-americanas querem que o Paquistão ataque o Waziristão do Norte, uma região tribal que faz fronteira com o Afeganistão e que é usada por combatentes do Taleban, dentre eles a rede insurgente Haqqani, como base para ataques a soldados dos EUA.

Hoje, o general Malik, principal comandante paquistanês nas regiões do noroeste do país, se opôs à exigência norte-americana dizendo que suas tropas já estão muito ocupadas lutando contra militantes em outras partes das regiões tribais para lançar um ataque contra o Waziristão do Norte.

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Mas Malik disse que o Exército vai em breve lançar uma operação de larga escala em Kurram, uma área tribal que faz fronteira com o Waziristão do Norte e torna-se cada vez mais violenta com o fluxo de combatentes do Taleban.

Os militantes do Waziristão do Norte, que estão sob forte ataque de aviões não tripulados norte-americanos, têm se transferido cada vez para Kurram desde o ano passado, aumentando a violência contra a minoria xiita que mora no local, dizem anciãos tribais.

O Exército paquistanês organizou uma viagem para jornalistas hoje, para demonstrar o progresso que tem feito no combate aos militantes em Mohmand, outra das sete regiões tribais na fronteira com o Afeganistão. O Exército diz que reconquistou o controle da maior parte de Mohmand depois de uma operação envolvendo 4 mil soldados, encerrada em fevereiro.

Os militares afirmam que reassentaram 55 mil pessoas que haviam fugido dos combates em Mohmand e recentemente reconstruíram nove escolas que haviam sido destruídas pelos militantes. O Exército estima que ainda existam cerca de 800 militantes em operação na região.

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