Um dia após os combates no Iraque entrarem em seu quarto ano, o presidente americano, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, falaram à imprensa, num esforço para justificar a guerra e apresentar o que consideram avanços no país árabe.

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Em entrevista coletiva convocada de surpresa na Casa Branca, Bush disse não acreditar que esteja ocorrendo uma guerra civil no Iraque. A declaração foi feita dois dias depois de o ex-premier interino iraquiano Iyad Allawi dizer que o país está mergulhado em um conflito civil e que o risco de se desintegrar.

Mas para o líder de Washington, a situação é de progresso, apesar dos atos de violência registrados diariamente no país. O presidente americano destacou que é importante que os líderes do Iraque entendam a importância de permanecer unidos.

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- Todos reconhecemos que há violência, violência sectária - afirmou.

Bush não fez comentários sobre a possível retirada das tropas americanas no país.

Em discurso em Londres, Blair falou sobre que a luta contra o terrorismo e pela democracia é sobretudo ideológica:

- A única forma de vencer é reconhecer que esse fenômeno é uma ideologia global; é ver todas as áreas em que isso opera como estando ligadas; e é derrotá-lo por meio de valores e idéias colocadas em oposição às dos terroristas.

O presidente americano voltou a fazer acusações contra o Irã, afirmando que os Estados Unidos querem conversar com o Teerã para deixar claro que as tentativas de disseminar um clima de violência sectária no Iraque são inaceitáveis.

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Bush disse encarar o Irã como uma ameaça e que os EUA suspeitam que o país esteja usando seu programa nuclear para desenvolver uma bomba atômica, o que as autoridades iranianas negam.

Mas o governo americano anunciou estar aberto para conversações com o Irã sobre, exclusivamente, a situação no Iraque.

- Essa é uma forma que temos para deixarmos claro para eles (os iranianos) o que é certo ou errado em suas atividades dentro do Iraque - disse Bush, na coletiva.

Bush realizou sua segunda coletiva de imprensa formal deste ano, enquanto enfrenta o pior índice de popularidade desde que assumiu o poder.

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