A Geórgia acusou a Rússia nesta quarta-feira de tentar agravar as tensões bilaterais ao deter cidadãos georgianos na costa do mar Negro, perto da região separatista da Abkházia.

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Um porta-voz da chancelaria russa confirmou que guardas de fronteira detiveram cinco pessoas na terça-feira por pescarem ilegalmente, mas disse que todas eram cidadãs da Abkházia, uma região que Moscou agora considera ser um país independente, e não mais parte da Geórgia.

Esse porta-voz disse que os guardas agiram "em total concordância com acordos russo-abkházios", pelo qual a guarda costeira russa patrulhas as águas da Abkházia.

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Vários georgianos foram detidos fugazmente nas últimas semanas, especialmente na Ossétia do Sul, outra região separatista, epicentro da guerra de cinco dias entre Geórgia e Rússia no ano passado.

A chancelaria georgiana acusou as forças russas de terem "sequestrado" cinco cidadãos seus em águas territoriais georgianas.

"O Kremlin emprega tais métodos a fim de agravar a situação nos territórios adjacentes às regiões ocupadas da Geórgia e para fornecer todas as pré-condições para empurrar o conflito para um estágio 'quente'", disse o ministério.

A Rússia disse que o incidente ocorreu 18 quilômetros ao sul de Ochamchira, na costa da Abkházia.

Autoridades da Rússia, da Geórgia e das duas regiões separatistas se reuniram na quarta-feira em Genebra para a oitava rodada das discussões de segurança mediadas pela ONU, pela União Europeia e pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

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Em nota divulgada após a reunião, os mediadores disseram que a situação de segurança na região continua "relativamente estável", mas que há preocupação com as detenções e suas consequências.

As forças russas controlam as fronteiras da Abkházia e da Ossétia do Sul desde agosto do ano passado, quando Moscou reprimiu a tentativa georgiana de retomar o controle desses protetorados russos.

As delegações de Moscou e Tbilisi voltam a se reunir em Genebra em 28 de janeiro.