Roma - Gianfranco Fini, um neofascista arrependido, que formalizou ontem sua ruptura com Silvio Berlusconi, retirando seus ministros do governo, soube fazer esquecer seu passado ácido para conquistar uma posição de estadista, tornando-se não o herdeiro, mas o principal rival do até pouco tempo poderoso premier.
Fini, 58 anos, dissolveu a contragosto, em março de a, seu partido Aliança Nacional (direita conservadora) saído do antigo movimento neofascista MSI para criar com Berlusconi, com quem se aliou desde 1994, o Povo da Liberdade (PDL). Juntos, eles conquistaram as eleições legislativas de abril de 2008, com Gianfranco Fini sendo eleito presidente da Câmara dos Deputados.
Aquele que foi ironicamente chamado de "herdeiro em vida" de Berlusconi uma expressão do jornal La Repubblica não tardou a tirar benefícios de sua posição institucional, posando de adversário do antigo aliado. Defendeu ideias mais comedidas sobre a imigração, expressou reservas sobre reformas do sistema judiciário, caras ao premier, e fez um apelo à moralização da vida política e a uma luta decidida contra a corrupção.
Em 29 de julho, bateu às portas do PDL com o apelo de formação de um novo movimento, Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), apoiado por mais de 35 deputados e cerca de dez senadores. A saída do governo de quatro ministros ligados ao FLI formaliza a ruptura entre Berlusconi e Fini e sua partida rumo à carreira solo.
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