O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, deu nesta segunda-feira um passo simbólico na direção de lançar uma pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Ele apresentou à Comissão Eleitoral dos EUA a documentação necessária para formalizar sua candidatura às eleições presidenciais de 2008, criando um comitê de pré-candidatura, capacitado a angariar doações, organizar viagens e contratar funcionários.

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A nova papelada retira da declaração de candidatura a frase ''testando as águas'', que constava no documento apresentado originalmente em novembro. Um porta-voz da Comissão Federal Eleitoral disse que isso não tem rigorosamente nenhuma importância jurídica.

Uma fonte próxima à campanha de Giuliani disse que a mudança no documento o coloca "mais de acordo'' com alguns de seus principais adversários, como o senador John McCain e o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney.

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Também é possível que essa manobra se destine a acalmar os republicanos que duvidam da sua real intenção de disputar a Casa Branca em 2008. Embora em muitas pesquisas ele apareça à frente de outros oito pré-candidatos, há especulações de que ele não vai disputar.

Ao contrário de outros candidatos do seu partido - como o senador John McCain e o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney -, Giuliani demorou para confirmar se de fato disputaria o pleito. A ambigüidade nas suas respostas chegou a gerar suposições de faria como em 2000, quando desistiu de disputar uma cadeira no Senado com a democrata Hillary Clinton.

Giuliani é um dos políticos mais populares nos Estados Unidos, em boa parte graças a seu papel após os atentados de 11 de setembro de 2001. Dentro do Partido Republicano, Giuliani integra a ala mais liberal e mantém posições moderadas a respeito do aborto ou dos direitos dos homossexuais. Desta forma, terá dificuldade em conquistar a ala conservadora que exerce decisiva influência nas primárias republicanas. Leal ao presidente George W. Bush, Giuliani recentemente apoiou seu plano de enviar mais soldados ao Iraque.

O pré-candidato, que ganhou milhões como consultor e palestrante motivacional desde que deixou a prefeitura, disse que está avaliando suas finanças e seus apoios para disputar a presidência.

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