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O governo de facto de Honduras convidou uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar criar um diálogo com o presidente deposto Manuel Zelaya, informou o Departamento de Estado norte-americano nesta quarta-feira (23).

"Entendemos que o ministro das Relações Exteriores do regime de facto... convidou publicamente um grupo representativo de ministros das Relações Exteriores de países da OEA a ir a Tegucigalpa e ajudar a promover um diálogo", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly.

"Saudamos este anúncio e estamos ansiosos em apoiar esta iniciativa", disse ele a repórteres em Washington.

Zelaya voltou a Honduras na segunda-feira - encerrando quase três meses de exílio desde que foi deposto em 28 de junho - e voltou a trazer a atenção mundial para sua causa.

Soldados e policiais cercavam a embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde Zelaya se refugia no que corre o risco de se tornar um grande impasse que aprofunde a crise política do país.

A administração Obama pediu a autoridades hondurenhas para que aceitem as propostas apresentadas pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, cujos esforços de pôr um fim à crise foram obstruídos pela recusa do governo de facto de permitir o retorno de Zelaya à Presidência.

O acordo proposto por San José em julho previa o retorno de Zelaya ao poder até novas eleições no fim de novembro.

Um representante dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato, afirmou esperar que a missão da OEA inclua o chefe da organização, José Miguel Insulza, bem como representantes de Argentina, Canadá, Costa Rica, Jamaica, México, Panamá e República Dominicana.

Ministros do Exterior dos sete países visitaram o país centro-americano em agosto para tentar persuadir o governo interino a aceitar um acordo que reinstaurasse Zelaya no poder até a realização de eleições, em novembro.

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