O governo de Israel descartou, nesta segunda-feira, um pedido do Egito para estabelecer um Estado palestino antes de resolver outras questões, dizendo que os lados envolvidos deveriam antes tomar medidas para dar credibilidade ao processo que faz parte do plano apoiado pelos EUA. Em meio a muita polêmica, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, anunciaram no domingo estar dispostos a se encontrar e discutir o andamento de propostas de paz na região.
- Não há soluções mágicas rápidas -, disse Mark Regev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. O Egito havia proposto ignorar algumas exigências de um plano de 2003 que, até agora, trouxe poucos resultados.
As negociações para o estabelecimento de um Estado palestino ruíram em 2000, depois que fracassou um acordo para uma eventual fronteira. A Intifada palestina começou pouco depois que as conversas foram interrompidas e agravou as tensões na região.
Explicando a proposta egípcia, o chanceler Aboul Gheit disse no Cairo, no domingo:
- Se concordarmos com relação a um Estado palestino, suas fronteiras e seus parâmetros, então poderemos negociar a partir daí para tentar alcançar essa meta.
A idéia egípcia é semelhante a um conceito proposto pelo rei Abdullah, da Jordânia.
Mas Israel quer a manutenção do esquema liderado pelos EUA, que exige primeiro que sejam tomadas medidas para estabelecer confiança em ambos os lados.
Nenhuma das partes colocou em prática compromissos previstos pelas primeiras fases do plano. Israel não congelou o estabelecimento de assentamentos na Cisjordânia, e os palestinos não conseguiram desarmar os extremistas.
As chances de negociar foram prejudicadas ainda mais, depois que o Hamas assumiu o poder do governo palestino, em março. O grupo extremista, cujo estatuto pede a destruição de Israel, sofre um embargo na ajuda humanitária, promovido pelos EUA, que tenta forçar o movimento a reconhecer o Estado judeu e renunciar à violência. O Hamas voltou a afirmar que não vai reconhecer o Estado israelense .
Nesta segunda-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, anunciou ter chegado a um acordo com o primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, sobre a formação de um governo de unidade nacional que poderia ser formado em questão de dias.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Deixe sua opinião