Participantes de um encontro entre o governo do Egito e vários grupos de oposição concordaram neste domingo (6) em criar uma comissão de reforma constitucional, informou a agência estatal egípcia.
A comissão, que reunirá autoridades políticas e jurídicas, terá até a primeira semana de março para estudar propostas de emendas constitucionais que estabelecem novas regras para eleições presidenciais no país, inclusive a limitação do mandato presidencial.
Há 13 dias o governo egípcio vem enfrentando uma série de protestos em massa que exigem a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak, no poder há quase 30 anos.
Ontem, líderes do Partido Nacional Democrático (PND), de Mubarak incluindo seu filho, Gamal, renunciaram a seus cargos. Mubarak quer permanecer no governo até as eleições de setembro, quando, como já anunciado, não concorrerá à reeleição. Nesse meio tempo, ele promete implementar reformas políticas. Gamal também não concorrerá à presidência, segundo o governo egípcio.
Os oposicionistas, incluindo a Irmandade Muçulmana, partido proscrito desde 1954, se reuniram hoje com o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, para discutir a crise política do país.
Foi a primeira fez que o governo aceitou dialogar com a Irmandade Muçulmana. As informações são da Associated Press.
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