Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira que Israel "reconsidere" sua decisão de autorizar a construção de mais 3.000 residências para colonos judeus em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada.
"Pedimos aos líderes israelenses que reconsiderem essas decisões unilaterais e mostrem cautela, já que essas atitudes são contraproducentes e tornam mais difícil retomar negociações diretas" com os palestinos, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, havia advertido que a decisão de Israel seria "especialmente prejudicial" para os esforços em favor de uma solução do conflito com os palestinos que leve à criação de dois Estados.
A reação de Washington ocorre em meio às crescentes críticas feitas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por permitir a construção de 3.000 novas casas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
"Os Estados Unidos se opõem a qualquer ação unilateral, incluindo a atividade de assentamentos na Cisjordânia e a construção de casas em Jerusalém Oriental, já que complicam os esforços para retomar negociações bilaterais diretas, e podem prejudicar o resultado destas negociações", disse Toner.
"Isto inclui construir na zona E1, pois esta área é particularmente sensível e construir lá seria especialmente prejudicial para os esforços por uma solução de dois Estados", acrescentou.
A zona E1 é um corredor a leste de Jerusalém que gera grande polêmica porque a construção de colônias israelenses nessa região dividiria a Cisjordânia em duas.
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