Bush anuncia sanções ao governo de Mianmar em discurso na ONU
O presidente dos EUA falou sobre países que restringem a liberdade de seus cidadãos. Um dos mais mencionados por Bush foi Mianmar.Leia a matéria completa
O governo de Mianmar (antiga Birmânia) decretou nesta terça-feira (25) toque de recolher nas duas maiores cidades de Mianmar: Yangun e Mnadalay. Cerca de 150 mil pessoas lideradas por monges budistas fazem um protesto pela democracia nas ruas do país. Nesta terça-feira (25), a Junta Militar havia ameaçado reprimir o movimento.
O presidente da Junta, general Than Shwe, se reuniu com outros chefes militares em seu quartel-general de Napydaw, enquanto os monges mobilizavam mais uma vez dezenas de milhares de pessoas em Yangun e em outras cidades do país, segundo a imprensa local.
As mobilizações se repetiram apesar de as autoridades terem percorrido as cidades ao longo do dia para advertir, com o uso de megafones, que qualquer pessoa que observasse os protestos poderia ser condenada a três anos de prisão, e os participantes a 10 anos de reclusão.
As autoridades distribuíram papéis alertando os manifestantes sobre a aplicação do Código Penal que autoriza a dissolução - com uso da força, se necessário - de qualquer assembléia ilegal e o desdobramento dos soldados.
Também se juntaram à manifestação cerca de 200 membros da Liga Nacional pela Democracia (LND), único que resiste à forte pressão do regime e que é liderado pela prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, sob prisão domiciliar desde 2003.
Sanções
Em seu discurso na Assembléia Geral da ONU, nesta terça-feira (25), George W. Bush anunciou que irá impor sanções ao governo ditatorial de Mianmar (a antiga Birmânia). O presidente dos Estados Unidos acusou o regime de manter uma censura de 19 anos, "imposta pelo medo".
Ele encorajou a ONU a manter a luta contra a tirania e a falta de liberdades, princípios que os Estados Unidos compartilham e que o levou a impor novas sanções contra o regime militar de Mianmar.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, também defendeu nas nações Unidas a adoção de uma "ação internacional imediata" para evitar que as autoridades birmanesas recorram a medidas militares drásticas contra os manifestantes, segundo um porta-voz do Partido Trabalhista.
"Apoiaria uma iniciativa da Presidência européia de advertir o Governo de Mianmar de que estamos observando seu comportamento e que a União Européia imporá sanções mais duras se escolherem as opções equivocadas", disse Brown em uma carta dirigida ao primeiro-ministro português, José Sócrates, atual presidente rotativo da União Européia (UE).
O Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da UE, Javier Solana, afirmou hoje acreditar que o regime promoverá um processo de "autêntica reforma política".
"A paz autêntica, a estabilidade e o desenvolvimento de Mianmar só podem ser conseguidos por meio da reforma política, do reconhecimento de direitos e liberdades fundamentais e da inclusão de todos", comentou Solana em comunicado.
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