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Nova política de detenções não se baseia na autoridade do presidente Obama como comandante-chefe para manutenção de suspeitos de terrorismo em Guantánamo | Jason Reed / Reuters
Nova política de detenções não se baseia na autoridade do presidente Obama como comandante-chefe para manutenção de suspeitos de terrorismo em Guantánamo| Foto: Jason Reed / Reuters

O governo Obama abandonou nesta sexta-feira (13) o termo "combatente inimigo" e incorporou o direito internacional como base para a detenção de suspeitos de terrorismo na prisão de Guantánamo, que deve ser desativada nos próximos meses.

O Departamento de Justiça dos EUA disse ter protocolado documentos judiciais expressando seu rompimento com os padrões de detenção do governo Bush, e disse que só aqueles que forneceram apoio "substancial" à al-Qaeda e ao Taleban serão considerados passíveis de detenção.

"Enquanto trabalhamos para o desenvolvimento de uma nova política para governar os detentos, é essencial que operemos de maneira que fortaleça nossa segurança nacional, seja consistente com nossos valores e seja governada pela lei", disse o secretário de Justiça, Eric Holder, em nota.

"A mudança que fizemos hoje (sexta) atende a cada um desses padrões e deixará nossa nação mais forte."

Ao contrário do que ocorria no governo de George W. Bush, que tentou aumentar imensamente seus poderes, a nova política de detenções não se baseia na autoridade do presidente como comandante-chefe para manter suspeitos de terrorismo em Guantánamo.

Tal política vinha sendo submetida a inúmeras contestações judiciais e a sentenças da Suprema Corte que recriminavam o governo Bush.

Agora, o Departamento de Justiça diz que sua nova política "recorre às leis internacionais de guerra para informar a autoridade estatutária conferida pelo Congresso".

"Ela estabelece que indivíduos que apoiaram a Al Qaeda e o Taleban são passíveis de detenção apenas se o apoio foi substancial. E não emprega a frase 'combatente inimigo'".

O governo Bush usava tal termo porque considerar um suspeito como preso de guerra iria lhe conferir direitos sob a Convenção de Genebra.

A nota de Holder diz que o governo Obama está revendo toda a sua política prisional, como parte do seu plano de fechar a prisão de Guantánamo, e que novos ajustes são possíveis.

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