Manifestantes derrubam estátua de Lênin no noroeste da Ucrânia
EFE
Centenas de manifestantes derrubaram na madrugada desta sexta-feira uma estátua do líder da revolução bolchevique e fundador do Estado soviético, Vladimir Lênin, instalada em uma praça central da cidade de Zhitomir, no noroeste da Ucrânia.
As primeiras tentativas dos manifestantes para derrubar a estátua, utilizando cabos de aço e a força dos braços, não deram certo e, apenas algumas horas depois, com a ajuda de um caminhão dos Correios, o monumento veio ao chão, informou o site de notícias local "Zhitomir.info".
Uma vez que a estátua foi derrubada, os reunidos cantaram o hino nacional da Ucrânia, e depois começaram a despedaçar o monumento para levar alguns fragmentos do mesmo como lembrança.
A derrubada do monumento, erguido em 1971 quando Ucrânia fazia parte de extinta União Soviética, foi reivindicado pelo grupo ultranacionalista Pravyi Sektor, a facção mais radical da oposição ucraniana.
A polícia de Zhitomir, cidade de pouco mais de 280 mil habitantes, não interveio na ação dos manifestantes.
Agora já são cinco as estátuas de Lênin derrubadas no país desde que começaram os protestos populares contra a decisão do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, de não assinar um acordo de associação com a União Europeia.
O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, os líderes da oposição e representantes da União Europeia (UE) chegaram a um acordo para acabar com a crise política na Ucrânia, informou nesta sexta-feira a Presidência da ex-república soviética.
"A assinatura do documento vai acontecer às 12h locais (7h de Brasília) na sede da administração presidencial", diz a nota oficial.
Ainda não são conhecidos os termos do acordo, que foi alcançado após "uma noite inteira de complexas negociações", relatou uma fonte da Presidência à agência local "Unian".
"O presidente da Ucrânia fará concessões em prol do restabelecimento da paz", declarou pouco antes do anúncio do acordo a deputada e conselheira de Yanukovich, Anna Guerman.
As negociações para acabar com a onda de violência se intensificaram ontem à noite depois de um dia sangrento com dezenas de mortes.
Segundo a oposição, apenas ontem mais de 60 manifestantes morreram por ferimentos de arma de fogo, depois que o Ministério do Interior ordenou a distribuição de armas para a polícia.
Os últimos números oficiais do Ministério da Saúde informam que desde a última terça-feira, quando começou o surto de violência, 77 pessoas morreram em Kiev, mas os opositores elevam o mesmo para mais de 100.
Na noite de ontem, a Rada Suprema (Parlamento) proibiu a operação antiterrorista anunciada na quarta-feira pelos serviços secretos e dirigida contra manifestantes radicais que tomaram dezenas de edifícios oficiais nos últimos dias.
A maioria necessária para aprovar a resolução foi conseguida com os votos de 12 deputados que abandonaram o Partido das Regiões, a legenda governista do presidente Yanukovich, que não participou da votação.
Em outra resolução, a Rada "condenou categoricamente" a onda de violência na Ucrânia, sobretudo no centro de Kiev, e exigiu que as forças militares e policiais "ponham um fim, de forma imediata, ao uso da força contra os cidadãos da Ucrânia".
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