O governo palestino do presidente Mahmoud Abbas retirou a frase "resistência armada" de sua plataforma, afirmou um ministro na sexta-feira, em mais um sinal de afastamento em relação aos integrante do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza.
"Estamos muito certos de que a resistência armada deve terminar, porque não tem nenhuma relação com o estabelecimento de um Estado", disse Ashraf al-Ajrami, ministro palestino para assuntos prisionais. "Resistência armada e luta armada não estão incluídas na plataforma."
Uma porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, saudou a decisão, que coincide com um esforço diplomático para retomar as paralisadas negociações de paz na região.
O Hamas recusa-se a renunciar à violência.
"Infelizmente, a Intifada (movimento contra ocupação) passou a simbolizar caos armado. Está na hora deste caos acabar e das pessoas passarem a usar meios populares para atingir seus objetivos", disse Nimer Hammad, assessor de Abbas.
"Há um processo de paz e o esforço nacional pode ocorrer através de meios pacíficos, em vez de foguetes e caos."
Desde que dissolveu o governo liderado pelo Hamas, no mês passado, Abbas tem falado sobre a necessidade de os palestinos resistirem à ocupação de maneira pacífica. Dezenas de militantes da Fatah receberam anistia de Israel em troca de depor suas armas.