O governo sírio supostamente está usando milícias locais conhecidas como comitês populares para cometer assassinatos em massa que são, por vezes, de natureza sectária, disseram investigadores de direitos humanos da ONU, nesta segunda-feira (11).

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A revolta na Síria começou há dois anos como protestos em grande parte pacíficos, mas se transformou em uma guerra civil opondo principalmente rebeldes sunitas contra o presidente Bashar al-Assad, cuja fé alauíta é uma ramificação do islamismo xiita.

"Em uma tendência preocupante e perigosa, assassinatos em massa supostamente perpetrados pelos comitês populares têm, por vezes, tomado tons sectários", disse a comissão de inquérito da ONU sobre a Síria, liderada pelo brasileiro Paulo Pinheiro, em seu último relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

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Os investigadores, que citam relatos de testemunhas e vítimas, também disseram que as pessoas estavam sendo perseguidas ou presas pelos comitês porque são de regiões consideradas como sendo de apoio à rebelião.

Ambos os lados do conflito, que está atolado em um "impasse destrutivo", cometeram violações contra civis, disseram os investigadores da ONU. Os corpos dos mortos em massacres foram queimados ou jogados em rios, acrescentaram.

As forças rebeldes regularmente executam soldados sírios e milicianos capturados, e criaram centros de detenção em Homs e Aleppo, disse o relatório.

O embaixador da Síria, Faysal Khabbaz Hamoui, tomou a palavra no Conselho para negar o relatório, afirmando que foi feito como base em "informações parciais a partir de fontes não confiáveis​​", e acusou Catar e Turquia de "apoiar o terrorismo" em seu país".

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