Forças do governo sírio com suporte de helicópteros estão lutando com os rebeldes em Damasco nesta terça-feira, um aumento claro na escala dos mais sérios confrontos na capital desde que a revolta começou. O Exército já havia utilizado tanques de guerra e veículos de transporte blindados, mas o uso de poderio aéreo reflete a intensidade e seriedade dos combates.

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Os confrontos pesados acontecem em pelo menos quatro bairros da cidade e já duram três dias, sinal de que o conflito na Síria está degringolando para uma guerra civil cada vez mais próxima do coração do regime do presidente Bashar Assad.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, e o ativista Maath al-Shami, em Damasco, confirmaram que a violência está concentrada em Kfar Souseh, Nahr Aisha, Midan e Qadam nesta terça-feira. "Eu posso ouvir o som de tiros e algumas explosões vindas da direção de Midan", disse Al-Shami para a Associated Press via Skype. "Fumaça negra está saindo da região". A agência de notícias estatal afirma que as tropas estão perseguindo "elementos terroristas" que fugiram de Nahr Aisha para Midan.

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Os embates são os mais contínuos e generalizados a atingir a capital desde o início da revolta contra Assad, em março do ano passado. Ativistas estimam que a repressão do governo matou mais de 17 mil pessoas. No passado, as lutas aconteceram durante a noite. Agora, os tiroteios ocorrem à luz do dia.

Damasco e Alepo, as maiores cidades da Síria, são ambas habitadas por uma elite que beneficiou-se de laços com o regime de Assad, bem como por comerciantes e grupos minoritários que temem pela sua segurança se o presidente cair.

Al-Shami afirmou que moradores de áreas atingidas pela violência estão fugindo para vizinhanças mais seguras e abrigando-se em escolas e mesquitas. Ele também disse que muitos feridos estão sendo tratados em hospitais secretos, por medo de serem presos se levados a hospitais oficiais. As informações são da Associated Press.