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Jornalistas aguardam durante conferência em Cuba organizada para desejar a pronta recuperação de Chávez | REUTERS/Enrique De La Osa
Jornalistas aguardam durante conferência em Cuba organizada para desejar a pronta recuperação de Chávez| Foto: REUTERS/Enrique De La Osa

O governo venezuelano conclamou nesta segunda-feira (7) a população para que saia às ruas em 10 de janeiro, data marcada para o início do novo mandato presidencial no país, e negou que haja um vazio de poder por causa da prolongada ausência de Hugo Chávez, que luta pela vida em Cuba depois da sua quarta cirurgia por causa de um câncer.

O socialista Chávez foi reeleito em outubro para governar a Venezuela até 2019, mas em dezembro surpreendeu o país ao anunciar que passaria por uma cirurgia de urgência devido a uma reincidência do câncer do qual padece desde meados de 2011 e que coloca em dúvida sua capacidade para retomar as rédeas do país.

A Constituição prevê que a posse deve ocorrer em 10 de janeiro, mas os governistas consideram que essa data é uma mera "formalidade", enquanto setores da oposição reivindicam a realização de uma nova eleição caso Chávez não tenha condições de governar nessa data.

"Aqui não há nada que configure um vazio de poder, e nada que dê esperanças (à oposição) de que Chávez irá embora em 10 de janeiro", disse o deputado governista Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional.

Ele afirmou que nesse dia a população deverá participar de uma manifestação de apoio ao presidente e assegurou que vários mandatários sul-americanos estarão presentes numa concentração no palácio presidencial de Miraflores.

"Não há falta temporária, nem há falta absoluta, não há posse do presidente da Assembleia nem nada do que eles propuseram", reiterou Cabello em entrevista coletiva convocada pelo partido governista, do qual ele é vice-presidente.

O governo venezuelano já anunciou que a posse poderá ser adiada à espera da evolução do quadro clínico de Chávez, que depois da complicada cirurgia de seis horas em 11 de dezembro, em Havana, sofreu uma hemorragia que já foi controlada e graves problemas respiratórios que estão sendo tratados.

Na sexta-feira, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou que Chávez, que não é visto em público desde pouco antes da cirurgia, continuará no cargo mesmo que não possa prestar juramento.

Embora Cabello não tenha especificado os chefes de Estado que são esperados em Caracas no dia 10, a imprensa uruguaia já noticiou que o presidente desse país, José Mujica, planeja viajar à Venezuela.

Em Buenos Aires, um porta-voz do governo argentino disse que a presidente Cristina Kirchner irá no fim de semana a Cuba para visitar Chávez, durante escala de uma viagem que inclui paradas nos Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Vietnã.

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