No rastro dos atentados de 7 de julho em Londres, o governo britânico apresentou nesta quarta-feira uma série de medidas para, na frente doméstica, combater a ameaça terrorista e isolar extremistas muçulmanos. Na frente externa, o primeiro-ministro Tony Blair anunciou que seu governo está considerando realizar uma conferência internacional que reúna todos os países afetados pelo extremismo islâmico, acusado de estar por trás dos atentados em Londres,
Em discurso na Câmara dos Comuns, Blair afirmou ainda que estão sendo negociados acordos com países como a Jordânia para a deportação de extremistas muçulmanos que fomentam atos terroritas.
Em seguida, o ministro do Interior da Grã-Bretanha, Charles Clarke, anunciou nesta quarta-feira que o governo prepara um novo projeto de lei antiterrorista em resposta aos atentados do último dia 7 de julho em Londres. A incipiente proposta já levantou preocupações sobre restrições a liberdades civis.
O ministro disse que o projeto tipificará três novos crimes, entre eles a preparação de ato terrorista passaria a ser crime. A medida tem como objetivo dar à polícia capacidade de deter suspeitos.
Também passaria a ser crime incitar de maneira indireta a realização de atentados. Com isso, as autoridades teriam maiores poderes para coibir os chamados "pregadores do ódio", pessoas que incitam ações violentas em nome da religião ou fomentam o terrorismo. Pela legislação britânica, incitar de forma direta ataques já é crime.
O governo também quer tornar crime facilitar ou receber treinamento com fins terroristas.
O ministro anunciou que o governo preparará uma listas do que chamou de "comportamentos inaceitáveis", tais como contar em sites na internet ou escrever artigos com intenção de incentivar, vanglorizar ou apoiar atos terroristas. O governo também quer criar uma lista com os nomes de pessoas que tenha demonstrados tais comportamentos.
Clarke não descartou a possibilidade de o governo vetar a entrada no país de qualquer pessoa que esteja nesta lista. Da mesma forma, estrangeiros que vivam na Grã-Bretanha e que apresentem "comportamentos inaceitáveis" podem ser expulsos.
Clarke confirmou que o projeto será apresentado o quanto antes, logo que o Parlamento voltar das férias de verão em outubro.
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