A Venezuela registrou duas novas mortes em episódios de violência ocorridos em protestos no país entre domingo (23) e segunda-feira (24).
No domingo à noite, a tradutora Adriana Urquiola, de 28 anos, que estava grávida, morreu depois de ser atingida por duas balas ao atravessar uma área na qual estava montada uma barricada na localidade de Los Teques, próxima à capital venezuelana, disse o prefeito do município de Guaicaipuro, Francisco Garcés, em entrevista à uma rede de TV. Ela estava grávida de cinco meses.
As circunstâncias exatas de sua morte ainda não estão claras. Conforme o prefeito, Adriana estava em um ônibus, mas, devido ao bloqueio em uma rua, desceu e foi atingida por disparos. Segundo ele, há uma investigação em curso sobre a morte de Adriana, mas aparentemente ela teria ficado presa entre as pessoas que estavam na barricada e outras que responderam com tiros à confusão. Já o diretor da polícia do Estado de Miranda, Eliseo Guzmán, explicou que a mulher "decidiu caminhar até o seu destino final pela beira da estrada e um indivíduo que estava um pouco mais atrás em uma caminhonete negra disparou um grande número de vezes contra um alvo que não se sabe o que era", atingindo Adriana. Não ficou clara a distância da vítima da barricada.
Nesta segunda-feira, o sargento da Guarda Nacional Miguel Antonio Parra morreu baleado em Mérida, no sudoeste do país, de acordo com o prefeito da cidade, Carlos García. Ele foi baleado em meio a um incidente violento que ocorreu durante manifestação em uma avenida.
O militar estava limpando uma via junto com outros guardas nacionais e foi baleado e ferido no momento em que manifestantes entraram em confronto com policiais uniformizados, disse o prefeito.
Com as últimas ocorrências, o número de mortes em protestos na Venezuela subiu para pelo menos 33 pessoas.
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