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Há ainda um bom caminho a percorrer até se chegar a uma vacina comprovadamente eficaz contra a gripe A H1N1, admite o gerente de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde, Jarbas Barbosa. Apesar de as pesquisas terem começado logo após o vírus ser identificado, é consenso entre especialistas que, por enquanto, a estratégia de vacina somente poderá ser adotada em médio prazo. Até lá, os caminhos para enfrentar a doença devem ser baseados nos recursos disponíveis.

"Por precaução, as pesquisas foram iniciadas. A estratégia é enviar os lotes-sementes dos insumos para os centros produtores. Esses lotes seriam usados caso necessário", diz o infectologista. Mas, para isso, uma série de etapas teria de ser cumprida. Algo que a experiência com outra vacina, a desenvolvida para a gripe aviária, já mostrou não ser fácil. Depois de muita pesquisa, ela apresentou eficácia reduzida. "Mesmo entre vacinas sazonais, há uma inconstância nos resultados. Para algumas cepas, a imunização é muito boa. Para outras, o resultado é bem mais limitado."

Essas dificuldades do passado, avaliou Barbosa, mostram que não é prudente depositar todas as esperanças na vacina contra o vírus A (H1N1). "Sobretudo porque temos outros trunfos", completou. Entre eles, o medicamento antiviral oseltamivir, eficiente no tratamento. Há outro problema. Como não se sabe a real agressividade do A (H1N1), é preciso pesar prós e contras antes de interromper a produção da vacina sazonal. "Não há como produzir as duas simultaneamente", explicou.

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