A pandemia global de gripe H1N1 está atingindo a Grã-Bretanha mais do que qualquer outro país europeu, principalmente por ser centro de viagens internacionais e comunicações, disseram especialistas em saúde nesta quinta-feira.
Cerca de 30 pessoas morreram na Grã-Bretanha pelo vírus, contra quatro na Espanha e nenhuma outra vítima no restante da União Europeia, mas especialistas alertam que a onda de gripe H1N1 que agora afeta a Grã-Bretanha deve se espalhar por outros países em breve.
Na última semana, 100.000 novos casos suspeitos de gripe foram registrados na Grã-Bretanha, segundo o governo, quase o dobro dos 55.000 novos casos suspeitos na semana anterior.
Outros países europeus devem se preparar para um aumento similar, ou maior, no número de casos nos próximos meses, disse o professor Angus Nicholl do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) em Estocolmo.
"Veja o Reino Unido. Isto é o que você terá que enfrentar mais adiante no ano, mas com muito mais casos do que o Reino Unido vê neste momento", disse Nicholl à Reuters.
O governo britânico lançou o Serviço Nacional de Pandemia de Gripe nesta quinta-feira para acelerar o acesso de medicamentos aos doentes, que terão o diagnóstico e prescrição pela Internet ou por telefone.
Segundo os dados divulgados pelo ECDC esta semana, há cerca de 18.000 casos confirmados de gripe H1N1 em 31 países na Uniao Europeia e na Associação de Comércio Livre Europeu -- quase 11.000 deles na Grã-Bretanha.
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