O grupo neonazista britânico National Action (Ação Nacional) deve ser classificado como organização terrorista e, consequentemente, proibido no Reino Unido durante uma votação no Parlamento nesta segunda-feira. Se assim a previsão se confirmar, será a primeira vez que uma associação da extrema-direita é considerada criminosa no país.
O autodenominado Movimento da Juventude Nacionalista usou sua conta no Twitter para exaltar Thomas Mair, condenado pelo assassinato da deputada trabalhista Jo Cox, baleada e esfaqueada na cidade de Birstall, perto de Leeds, em junho de 2016. Além de assassino, Mair era também defensor da supremacia branca e das iniciativas de Adolf Hitler.
A mensagem publicada no Twitter revela uma foto de Mair com a legenda: “Vote sair (em referência à saída do Reino Unido da União Europeia), não deixe que o sacrifício deste homem tenha sido em vão. Jo Cox teria enchido Yorkshire com mais sub-humanos!”
Os cerca de 100 membros que formam o braço do grupo em Yorkshire também usam as redes sociais para encorajar o “ativismo do lobo solitário”, expressão comumente utilizada para se referir a atos de terrorismo cometidos individualmente. Após a publicação de mensagens que incitavam o assassinato de judeus através da rede, a conta do grupo no Twitter foi suspensa. Em seu site, eles postaram uma mensagem rejeitando as acusações, afirmando que não “sancionam nem apoiam o terrorismo”.
Para o governo, proibir a atuação de organizações do gênero é uma ação difícil, já que esses grupos geralmente encontram maneiras de “contornar a lei”, afirmou uma fonte ao “The Sunday Times”. Apesar disso, ela defende que o grupo ultrapassou essa linha ao glorificar o terrorismo.
Sobre a condenação de Mair, a ministra do Interior, Amber Rudd, afirmou que está determinada a “desafiar o extremismo em todas as formas, incluindo o mal do fascismo da extrema-direita”. A atuação mais séria do governo frente às ameaças da extrema-direita leva a crer que mais grupos devem vir a ser banidos no futuro.
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