Guerrilheiros esquerdistas e quadrilhas criminais ligadas ao narcotráfico representam um risco para as eleições locais de outubro na Colômbia, por causa da sua intenção de interferir no processo em quase um quarto dos municípios do país, admitiu o governo na sexta-feira.
O ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, disse que as ameaças se concentram em zonas com presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), do Exército de Libertação Nacional (ELN) e de quadrilhas de narcotraficantes compostas por ex-paramilitares de direita.
'As ameaças vêm de todos os grupos armados ilegais, o que não desconhecemos, que querem participar no debate e conquistar as administrações daqueles locais onde têm presença territorial', disse o ministro à Reuters.
Vargas Lleras revelou que o maior risco se concentra em 51 municípios onde há presença de rotas do narcotráfico e de grupos armados interessados em se apropriar dos milionários royalties da exploração de petróleo e carvão. O ministro disse que outros 210 municípios estão sob observação.
Os locais sob risco e sob observação representam 23 por cento dos 1.102 municípios colombianos. Todos eles realizarão no final de outubro eleições para escolher prefeitos, governadores, vereadores e deputados regionais, no primeiro teste eleitoral para o presidente Juan Manuel Santos desde sua posse no ano passado.
Vargas Lleras disse que os municípios com processos eleitorais ameaçados estão distribuídos por todo o país. Os grupos armados ilegais colombianos costumam ameaçar e assassinar políticos para pressionar os eleitores, além de impor candidatos.
Nas eleições locais de 2007 houve 45 casos de ameaças, 28 atentados, 5 sequestros e 23 assassinatos de candidatos, segundo a Missão de Observação Eleitoral.
Desde o começo de 2011, pelo menos 14 candidatos já foram mortos, três foram sequestrados, seis sofreram atentados e 38 outros foram ameaçados, segundo a mesma entidade.
Vargas Lleras disse que, para aperfeiçoar a lisura das eleições, o governo adotará uma reforma política que inclui punições severas para os partidos que apoiarem candidatos ligados a grupos armados e ao narcotráfico, o que pode chegar até mesmo à dissolução dessas agremiações.
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