Os rebeldes do grupo Tigres para a Libertação do Eelam Tamil (LTTE), do Sri Lanka, anunciaram neste domingo (17) que vão "silenciar as armas" depois de quase quatro décadas de combates.

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O anúncio foi feito em comunicado no site oficial pró-rebeldes e é assinado por Selvarajah Pathmanathan, chefe de relações internacional do grupo. Nele, o grupo diz que se encontra em um beco sem saída em sua guerra contra o governo.

"Só temos uma última escolha: remover a última desculpa de nosso inimigo para matar nosso povo. Nós decidimos silenciar nossas armas", diz o texto.

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"Esta batalha chegou a seu amargo final. Contra qualquer previsão, contivemos as forças cingalesas sem ajuda, exceto o apoio sem fim de nosso povo", diz a nota.

Pathmanathan também denunciou que, nas últimas 24 horas, 3 mil civis tâmeis morreram e outros 25 mil sofreram ferimentos e não dispõem de "atendimento médico".

"É nosso povo que está morrendo por causa das bombas, dos ataques, das doenças e da fome. Não podemos permitir que sofram mais danos", disse o líder guerrilheiro, em sua extensa mensagem.

"Não aguentamos mais ver o derramamento de sangue de nosso povo", afirmou.

O Exército cingalês disse ter "resgatado" os 50 mil civis que os LTTE tinha como "reféns" no nordeste da ilha, apesar de, pouco antes, ter estimado o total em um máximo de 20 mil. Os militares também afirmaram que estão "liquidando" os rebeldes.

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Cantando vitória

No sábado, o presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, declarou na Jordânia que seu país havia "esmagado o terrorismo", em referência à suposta vitória do Exército sobre os rebeldes.

Antes das declarações do presidente, o Exército anunciou que havia tirado dos rebeldes sua última saída para o mar e que os Tigres estavam cercados em uma zona de 3,5 quilômetros quadrados no nordeste da ilha.