Militar ajuda irmã de um dos policiais mortos em ataque de guerrilheiros no Paraguai| Foto: Reuters

Dois policiais morreram nesta quinta-feira durante um confronto das forças de segurança com integrantes do grupo Exército do Povo Paraguaio (EPP) ocorrido no norte do país, informou o ministro do Interior Rafael Filizzola. "Infelizmente, dois policiais morreram durante o confronto", disse Filizzola em coletiva de imprensa. O enfrentamento aconteceu na região de Kurusú de Hierro (Cruz de Ferro, em idioma guarani), no departamento (Estado) de Concepción, cerca de 450 quilômetros de Assunção.

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Filizzola afirmou que o governo "colocou em movimento todos os seus recursos técnicos e humanos para continuar perseguindo o grupo. Os policiais de Kurusú de Hierro acreditam que eram cinco ou seis guerrilheiros e um deles estaria ferido, porque havia rastros de sangue."

"É nossa prioridade capturar os integrantes do EPP", afirmou.

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Carmelo Caballero, vice-ministro do Interior, explicou que cerca de 50 agentes especializados na luta contra a guerrilha "vêm realizando patrulhas nas montanhas do norte em busca do EPP. O trabalho era silenciosa até que hoje houve o enfrentamento. Os primeiros informes nos dizem que não houve baixa entre os guerrilheiros".

O EPP começou a operar em 2007, atacando pequenos quartéis militares e policiais no norte. Em 2008 e 2009 sequestrou dois fazendeiros e cobrou cerca de US$ 700 mil para libertá-los.

A organização se tornou conhecida em 1999 como um grupo de assaltantes de bancos e financeiras até que em 2001 capturou a nora de um ex-ministro da Economia, cobrando um resgate de US$ 2 milhões.

Em 2005, o grupo sequestrou e matou Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas, apesar de ter recebido US$ 800 mil de resgate.

Com o suposto propósito de diminuir os sequestros realizados pelo grupo, o Congresso e o presidente Fernando Lugo promulgaram uma lei que bloqueia os bens de pessoas sequestradas para evitar a expansão do crime.

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