Primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, afirmou que seu país precisa de 350 milhões de dólares emergencialmente e 3,5 bilhões para os próximos 18 meses| Foto: Reuters

O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, durante o Fórum Urbano Mundial, das Nações Unidas, que vai apresentar em Nova York, no próximo dia 31, um plano de curto prazo com propostas de soluções para a recuperação do país, devastado por um terremoto em janeiro.

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Segundo ele, o plano será apresentado durante uma conferência sobre o Haiti, com a participação de autoridades, empreendedores e representantes de governos que se comprometeram a prestar ajuda ao país.

Bellerive afirmou que, no curto prazo, o país necessita, emergencialmente, de pelo menos US$ 350 milhões. "Precisamos de pelo menos US$ 350 milhões para que as crianças voltem às escolas, para dar água potável à população e garantir a segurança do país. Estamos falando de dinheiro que não temos. Essa é a nossa lacuna orçamentária", afirmou.

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De acordo com o primeiro-ministro, o Haiti precisa de US$ 3,5 bilhões para a manutenção nos próximos 18 meses. Para reconstruir o que o terremoto derrubou, ele estimou que são necessários US$ 11,5 bilhões. "Hoje, estamos numa condição de grande dependência e reconhecemos isso", declarou.

Ele disse que compareceu ao Fórum Urbano Mundial, no Rio, para conhecer propostas e soluções que ajudem na recuperação do país. Segundo Bellerive, o país precisa buscar meios de encontrar a sua própria autossuficiência. "Estamos levando muito a sério as recomendações que estamos recebendo durante essas visitas [a outros países]", disse.

Indagado se era suficiente a ajuda internacional ao Haiti, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse esperar maior contribuição dos países europeus.

"Já houve uma grande flexibilização dos países do Mercosul. Esperamos o mesmo da União Europeia. Mas o mais importante é que esse plano [para recuperação do Haiti] esteja sob a coordenação do governo haitiano", declarou.

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