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O grupo islâmico Hamas rejeitou nesta segunda-feira as críticas feitas por um dirigente da Al-Qaeda e afirmou ainda estar comprometido com a destruição de Israel, apesar do recente acordo para formar uma coalizão com a facção Fatah.

"Não vamos trair as promessas feitas a Deus de continuar no caminho da jihad e da resistência até a libertação da Palestina, de toda a Palestina'', disse nota do Hamas, fazendo uma clara referência a Israel e também à Cisjordânia ocupada.

Em gravação divulgada no domingo pela internet, Ayman Al Zawahri, número 2 da Al-Qaeda, acusa o Hamas de servir aos interesses americanos ao aceitar respeitar acordos de paz prévios com Israel no recente acordo firmado em com a Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas.

O acordo, porém, não atende explicitamente às demais exigências do Quarteto de mediadores - Estados Unidos, União Européia, Nações Unidas e Rússia - para reconhecer a existência de Israel, renunciar à violência e aceitar acordos de paz interinos.

O acordo de Meca acalmou a violência entre seguidores do Hamas e da Fatah, que havia provocado mais de 90 mortes entre dezembro e fevereiro. Mas Zawahri disse que o entendimento entre os grupos era parte de um esforço americano para conter a ira muçulmana contra a suposta tendência pró-Israel dos EUA.

"É um esquema americano para atingir a resistência jihadista islâmica contra a campanha cruzado-sionista. A América quis uma solução propagandística para a questão palestina, a fim de remover a maior razão para o ódio islâmico (contra os EUA)'', afirmou.

Zawahri acusou o Hamas de abandonar a tradição dos atentados suicidas em nome de ganhos políticos:

"Eles prejudicaram o movimento das operações de martírio por um governo que joga com as palavras em salões palacianos''.

O Hamas matou quase 300 israelenses em 58 atentados suicidas ocorridos desde 2000. O último ataque de um homem-bomba em território israelense ocorreu em 2004.

Em sua nota, o Hamas disse continuar sendo "um movimento de resistência, de quem busca o martírio'', e que seus princípios ''nunca serão alterados''.

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