As Brigadas de Ezzedine al Qassam, o braço armado do Hamas, disseram nesta quinta-feira (7) que não aceitarão uma ampliação do cessar-fogo que sair das negociações que uma delegação palestina mantém no Cairo com Israel, a menos que seja garantida a construção de um porto marítimo em Gaza, entre outras condições.
"Não aceitaremos pôr fim a esta batalha sem por fim às agressões, suspender o bloqueio e, a exigência mais importante, construir um porto marítimo em Gaza, e não aceitaremos menos do que isso", afirmou um porta-voz das brigadas em discurso transmitido pela televisão.
"Pedimos à equipe negociadora que não estenda o atual cessar-fogo até que se cumpram nossas reivindicações, especialmente a construção de um porto marítimo. E que se retirem se suas exigências e termos não forem respeitados", acrescentou o porta-voz.
Segundo ele, Israel provou sua derrota após a decisão de tirar tropas da Faixa de Gaza.
"Demos espaço às negociações para conseguir os pedidos da resistência palestina e permitir ao nosso povo uma vida melhor com dignidade. Estamos preparados para retomar a batalha de novo", acrescentou.
Segundo o porta-voz, Israel tem duas opções. A primeira delas, "embarcar em uma guerra de longo prazo, desgastante, onde a vida de Israel será completamente paralisada, a economia cairá e o aeroporto deixará de receber e de sair voos durante vários meses".
E a segunda, "retomar a invasão terrestre", acrescentou.
Israelenses e palestinos estão no terceiro e último dia da trégua estipulada com o Egito para negociar uma saída ao conflito armado em Gaza, à espera que os governos aceitem uma nova prorrogação na cessação das hostilidades.
O cessar-fogo, totalmente respeitado até agora pelas duas partes, terminará nesta sexta-feira (8), às 8h (2h em Brasília).
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