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Jerusalém – A divulgação do que os palestinos chamaram de Plano dos Prisioneiros (veja acima) soou ontem como a possibilidade de um acordo diante de Israel, mas essa avaliação foi derrubada pelo Hamas. O grupo, que tem maioria no parlamento palestino e briga por poder com o Fatah, negou a informação de que poderia reconhecer Israel, mesmo "indiretamente’’.

Três representantes do Hamas negaram que o Plano dos Prisioneiros aceitasse esse reconhecimento. "O documento possui uma cláusula explícita em referência ao não-reconhecimento da legitimidade da ocupação’’, disse Sami Abu Zuhri, porta-voz do grupo. A palavra "ocupação’’ se aplica, na terminologia do grupo islâmico, à presença de Israel nos territórios palestinos. O deputado do Hamas Salah Bardavil declarou que aceitava apenas um Estado, em Gaza e na Cisjordânia. "Mas não dissemos que aceitaríamos dois.’’ O ministro palestino Abdul Rahman Zidan disse que não há reconhecimento indireto do Estado israelense. "Trata-se de um acordo interno entre os palestinos. Vocês não encontrarão no documento uma única palavra que reconheça Israel’’, afirmou ele.

O plano ainda prevê a criação, em duas semanas, de um governo palestino unitário, em que o Hamas aceitaria no gabinete ministros do Fatah, disse o jornal israelense Haaretz. A idéia de dois Estados estava na proposta original elaborada por prisioneiros, mas que teria sido revisada. O Haaretz diz que um dos tópicos do documento dá à Organização para a Libertação da Palestina (OLP) o monopólio do diálogo com Israel.

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