Faixa de Gaza – O Hamas apresentou ontem seu governo ao Parlamento e, para tentar demonstrar que está pronto para a paz, indicou que aceita negociar com lideranças ocidentais. No entanto, não deu sinal de que mudará sua postura em relação a Israel, independentemente do resultado das eleições de hoje.

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Ismail Haniyeh, escolhido pelo grupo militante para ser o próximo primeiro-ministro palestino, disse que o novo governo, que deve ser aprovado até amanhã pelos parlamentares, estaria pronto para dialogar com o Quarteto de mediadores. O Quarteto – formado pelos Estados Unidos, a União Européia (UE), a Rússia e a Organização das Nações Unidas (ONU) – disse que o Hamas, vencedor das eleições palestinas de janeiro, precisa reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz caso não queira ficar sem ajuda.

O grupo militante defende em seus estatutos a destruição do Estado judaico. "O povo tem o direito de lutar contra a ocupação," disse Haniyeh. Mas acrescentou: "Nosso governo estará pronto para manter um diálogo com o Quarteto a fim de procurarmos formas de colocar fim ao status de luta e atingirmos uma calma na região." O presidente palestino, Mahmoud Abbas, se diz favorável às negociações com Israel.

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Mark Regev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, classificou as declarações do Hamas de "uma fala de duplo sentido" que não viria acompanhada de uma mudança real. O grupo passará a controlar a Autoridade Palestina, que está à beira de um colapso financeiro.

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