Em sua segunda aparição pública desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, há 17 dias, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse nesta segunda-feira (12) que o movimento islamita "trabalha em duas frentes", rumo à vitória contra as forças israelenses que há 17 dias invadiram a Faixa de Gaza. A operação, iniciada em 27 de dezembro, já deixou mais de 900 mortos e 4,1 mil feridos em território palestino.
"Trabalhamos em duas frentes: a primeira é a da resistência e a segunda é da política para enfrentar a agressão contra o nosso povo", disse Haniyeh, num pronunciamento exibido pela televisão local "Al-Aqsa", controlada pelo Hamas.
Esta "segunda frente" parece uma alusão às negociações diplomáticas que o Egito realiza para tentar alcançar um cessar-fogo entre Israel e Hamas. A declaração de Haniyeh acontece depois da televisão "Al-Jazeera" informar do Cairo que essa mediação registrou nas últimas horas "progressos tangíveis".
O líder do movimento islamita aparentava fadiga, sentado numa poltrona e com uma fotografia da Mesquita de al-Aqsa de Jerusalém como fundo.
"O sangue puro não foi em vão porque, graças a Deus, nos levará à vitória. Gaza não cairá depois de 17 dias desta loucura de guerra", acrescentou ele.
Haniyeh disse ainda que "o sangue das crianças" que morreram na ofensiva israelense "será uma maldição que pesará sobre George W. Bush".
Antes do pronunciamento do grupo islâmico, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que Israel vai atingir o Hamas com "punho de ferro" caso não sejam suspensos disparos de foguetes contra o Estado judeu.
"Nós queremos pôr um fim à operação quando duas condições que exigimos forem atendidas: o fim dos disparos de foguetes e do rearmamento do Hamas. Se essas duas condições forem atendidas, nós encerraremos nossa operação em Gaza", afirmou Olmert durante um discurso na cidade de Ashkelon, no sul de Israel.
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