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O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou na quarta-feira a Israel que o grupo militante irá vingar a morte de seu comandante Imad Moughniyeh, vítima de um atentado a bomba há três anos na Síria.

"Digo aos líderes e generais sionistas: aonde quer que vocês estejam no mundo ... a qualquer momento, cuidado com suas cabeças, porque o sangue de Imad Mughniyeh não será desperdiçado", afirmou ele pela TV.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, minimizou a ameaça, embora na terça-feira seu governo tenha anunciado o fechamento temporário de quatro missões diplomáticas no exterior por causa de alertas de inteligência coincidindo com o aniversário do assassinato de Moughniyeh.

O Hezbollah, um grupo xiita libanês que tem apoio do Irã e da Síria, atribuiu a morte de Moughniyeh a agentes israelenses, algo que Israel nega, e Nasrallah promete repetidamente retaliar.

Ele disse também que os combatentes do grupo devem estar preparados para ocuparem territórios no norte de Israel em caso de guerra.

Era uma resposta a comentários do ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, sobre a possibilidade de que se repita um conflito entre Israel e o Hezbollah, que em 2006 travaram uma guerra de 34 dias.

"Barak disse às tropas: 'Vocês precisam estar preparados, porque se houver uma guerra podem ser chamados por sua liderança a irem para o Líbano outra vez'", afirmou Nasrallah num ato público pela morte de Moughniyeh.

"Eu digo aos combatentes do Hezbollah: estejam prontos caso uma guerra seja imposta ao Líbano, a liderança da resistência pode lhes chamar para tomar a Galileia", acrescentou ele, referindo-se ao território no norte de Israel.

Reagindo a essas declarações de Nasrallah, que vive praticamente escondido desde a guerra de 2006, Netanyahu disse num discurso em Jerusalém: "Que quem se esconde num bunker continue no bunker." "Ninguém deve duvidar do poderio de Israel nem da nossa capacidade de nos defendermos", acrescentou.

A chancelaria israelense não disse quais missões foram fechadas na terça-feira, mas afirmou que houve alertas de segurança em oito países: Egito, Turquia, Azerbaijão, Geórgia, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia e Venezuela.

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