A principal autoridade religiosa dos muçulmanos sunitas do Líbano, o grande mufti Mohammed Rachid Kabbani, alertou nesta quinta-feira o novo primeiro-ministro do país, Najib Mikati, a não abandonar a cooperação com o Tribunal Internacional para o Líbano da Organização das Nações Unidas (ONU), que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri. Espera-se que o tribunal, com sede na Holanda, acuse em breve integrantes do partido xiita Hezbollah pela morte de Hariri, assassinado em 2005, em Beirute.
O Hezbollah e seus aliados cristãos e drusos deixaram o governo anterior após o então primeiro-ministro Saad Hariri, filho do ex-premiê morto, ter se recusado a denunciar o tribunal. Mikati, um muçulmano sunita, foi nomeado primeiro-ministro do país justamente com o apoio do Hezbollah.
Hoje, o grande mufti, em uma rara reunião para a qual convocou os líderes sunitas libaneses, alertou que a falta de apoio ao tribunal que investiga a morte de Hariri teria "consequências negativas". As informações são da Associated Press.
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