O avião que trouxe a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pousou às 18h40 na Base Aérea de Brasília. A aeronave decolou de Santiago, capital do Chile, onde a secretária chegou na manhã desta terça-feira (2) e se reuniu com a presidente do país, Michelle Bachelet, para tratar do eventual apoio que o governo americano dará às vítimas do terremoto do último sábado (27), que matou pelo menos 795 pessoas.
Na quarta-feira, a secretária vai se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, parlamentares e empresários. Serão tratados assuntos como o programa nuclear do Irã, que conta com o apoio brasileiro, mas é alvo de suspeitas dos Estados Unidos de camuflar a fabricação de armas nucleares.
Outra questão relevante que deve ser discutida com Lula e seus assessores é a compra de 36 aviões-caça pelo governo brasileiro. Uma empresa americana disputa a venda com outras duas, da França e do Canadá. Também deve ser debatido com o presidente Lula questões políticas sobre a Venezuela, Bolívia e Cuba, que têm uma relação delicada com os Estados Unidos.
Na segunda-feira (1º), Hillary se encontrou com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em Buenos Aires. O principal tema da reunião foi a nova etapa da disputa entre Argentina e Inglaterra pelo controle das Ilhas Malvinas. O governo do presidente Barack Obama poderá ser o intermediário nas negociações entre os dois países.
Em São Paulo, Hillary conversará com empresários. O encontro ocorre no momento em que o Brasil ameaça retaliar os Estados Unidos por terem descumprido determinação da Organização Mundial do Comércio (OMC) para retirar os subsídios aos produtores de algodão americanos, o que prejudicava os agricultores brasileiros.
De acordo com a Câmara de Comércio Exterior (Camex), será anunciada no próximo dia 8 a lista de produtos norte-americanos que deverão ser retaliados. Em 2009, O Brasil foi autorizado pela OMC a retaliar os Estados Unidos em até US$ 830 milhões.
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