A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira (6) que os Estados Unidos lamentam "profundamente" a morte de civis em um bombardeio ao Afeganistão, em que mais de 100 pessoas morreram.
Durante declarações concedidas em Washington ao lado dos presidentes afegão, Hamid Karzai e paquistanês, Asif Ali Zardari, Hillary lamentou pessoalmente "as perdas de vidas humanas no Afeganistão".
"Nós lamentamos profundamente", afirmou, lembrando que uma investigação conjunta de americanos e afegãos havia sido aberta sobre as circunstâncias do drama.
O ataque ocorreu segunda-feira na região oeste do país, anunciou a polícia afegã. "No geral, 100 pessoas morreram em dois vilarejos. Agora nós estamos tentando determinar quantos eram combatentes e quantos eram civis", afirmou à AFP o chefe de polícia da província de Farah, Abdul Ghafar Warandar.
Ele corrigiu uma informação anterior, de que mais de 100 não combatentes haviam sido mortos em ataques aéreos na segunda e na terça-feira no distrito de Bala Buluk.
A informação precedente, segundo Warandar, era baseada em relatos de uma delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e de moradores da região.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha relatou "dúzias de mortos" civis. "Nossa equipe viu nesta quarta dezenas de cadáveres", disse Jessica Barry, porta-voz da Cruz Vermelha. "A maior parte das casas da zona atingida foram destruídas. Se organizam enterros coletivos em várias aldeias", emendou.
O presidente afegão, Hamid Karzai, que tem encontro com Barack Obama nesta quarta em Washington, disse que o número de mortes de civis é "inaceitável" e que ele vai falar com o presidente americano sobre o caso.
Obama anunciou diversas vezes, na campanha eleitoral e depois de eleito, que o Afeganistão passaria a ser a prioridade norte-americana na luta mundial contra o terrorismo.
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