| Foto: Brett Carlsen/Kena Betancur /AFP

Os candidatos democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders se verão cara a cara na noite desta quinta-feira (14) em um debate que promete ser intenso, a poucos dias da crucial primária do estado de Nova York.

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Campanhas negativas de correligionários e rivais começam a afetar Trump

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Segundo pesquisas difundidas na terça-feira (12), a ex-secretária de Estado tem uma vantagem de dois dígitos sobre o senador por Vermont para as prévias de 19 de abril, nas quais precisa de uma vitória clara depois de ter perdido em oito das últimas nove primárias.

De seu lado, Sanders, oriundo do Brooklyn e que se autodenomina “socialista democrático”, pretende ter um bom desempenho neste estado, que é o lar adotivo de Hillary, senadora por Nova York de 2001 a 2008. O debate começará às 21 horas local (23 horas de Brasília) no Duggal Greenhouse do Brooklyn, bairro onde Sanders nasceu há 74 anos.

“Acho que será animado”, afirmou a ex-primeira-dama de 68 anos ao referir-se ao encontro, o primeiro entre os dois candidatos desde 9 de março.

Ela tem uma vantagem sobre Sanders de 1.790 delegados contra 1.113. São necessários 2.383 delegados para obter a indicação na convenção democrata para as eleições presidenciais de novembro.

O eleito diverso da cidade de Nova York e os democratas de melhor posição financeira favorecem Hillary, enquanto que Sanders se apoia nas comunidades menos favorecidas e nos jovens.

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De acordo coma pesquisa da Universidade de Quinnipiac, Hillary tem uma vantagem particularmente significativa entre os eleitores negros (65% contra 28% para Sanders).

O estado de Nova York é o que mais delegados concede depois da Califórnia, que realizará suas primárias em junho. Na primária democrata há 291 delegados em jogo, contra 95 entre os republicanos.

Enquanto a Quinnipiac dá a Hillary 53% das intenções de voto contra 40% para Sanders, outra pesquisa, da NY1 Baruch, concede a ela 13 pontos de vantagem (50% contra 37%).

Apesar desses números, Sanders não perde as esperanças, e falou isso em um gigantesco ato na noite de quarta-feira no parque Square, sul de Manhattan.

“Acho que temos uma surpresa para o establishment”, afirmou Sanders ante as mais de 27 mil pessoas - segundo os organizadores - reunidas no local. “Quando vejo esta multidão, acho que vamos ganhar em Nova York no próximo sábado”, acrescentou.

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Ataques

Nos últimos dias, Hillary e Sanders subiram o tom de seus ataques. Sanders chegou, inclusive, a colocar em dúvida a capacidade de sua adversária em ser presidente dos Estados Unidos, acusando-a de ter vínculos com Wall Street e a indústria petroleira.

De sua lado, Hillary Clinton enfatiza que Sanders tem problemas para responder às perguntas sobre suas propostas de desmantelar os grandes bancos e em termos de política externa.

“Quando alguém pede seu voto, deve dizer o que vai fazer e não o que espera fazer”, insistiu, em um comício no Harlem, na sede de uma associação liderada por Al Sharpton, figura emblemática da comunidade negra.

Para ajudá-la, o ex-presidente Bill Clinton, muito popular em Nova York, faz campanha sem descanso no EStado, sempre de forma paralela.

Republicanos

Em 19 de abril também será realizada a primária republicana em Nova York, com o magnata Donald Trump como favorito, de acordo com as pesquisas.

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Trump, que fez fortuna em Manhattan e é muito conhecido no estado, tem 55% das intenções de voto, contra 20% para o governador de Ohio, John Kasich, e 19% para o senador ultraconservador do Texas, Ted Cruz, segundo a Quinnipiac.

A pesquisa NY1/Baruch é ainda mais favorável a Trump: 60% das intenções de voto, contra 17% para Kasich e 14% para Ted Cruz.