Os pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Bernie Sanders prometeram nesta quarta-feira (9) frear as deportações de imigrantes ilegais sem antecedentes criminais e aprovar uma reforma migratória para sua regularização.
Os dois pré-candidatos dedicaram grande parte do debate desta quarta-feira, em Miami, à discussão do tema migratório.
“Não deportarei crianças, também não quero deportar membros de uma família”, disse Clinton ao responder sobre sua disposição de deter a deportação de menores, muitos refugiados da violência na América Central.
Sobre os mais de 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, muitos latino-americanos, a ex-secretária de Estado disse que sua prioridade será “deportar criminosos violentos, terroristas e qualquer um que ameace nossa segurança”.
O senador Bernie Sanders também se comprometeu a “não deportar crianças dos Estados Unidos”.
Clinton e Sanders lembraram seu passado de luta a favor dos imigrantes e garantiram que uma reforma migratória que preveja a regularização será prioridade caso eleitos.
“Espero discutir uma reforma migratória integral, que inclua um caminho para a cidadania, isto será uma das prioridades de meus primeiros 100 dias como presidente”, prometeu Clinton.
A ex-secretária de Estado atacou o polêmico pré-candidato republicano Donald Trump por suas ofensas aos mexicanos e imigrantes. “Critiquei quando disse que os mexicanos eram estupradores, quando usou um discurso profundamente ofensivo. Disse Basta”.
Durante o debate, Hillary Clinton rejeitou a possibilidade de ser indiciada por ter utilizado seu e-mail pessoal para tratar de negócios oficiais quando era secretária de Estado do presidente Barack Obama.
O moderador do debate perguntou se Clinton abandonaria a corrida pela indicação democrata à Casa Branca caso fosse indiciada pela polêmica envolvendo os e-mails e ela respondeu: “Oh, por Deus, isto não vai acontecer. Nem sequer vou responder esta pergunta”.
Clinton admitiu que cometeu um erro ao usar seu e-mail pessoal para questões de Estado, mas afirmou que “meus predecessores fizeram o mesmo”. “Este tema não me preocupa”, garantiu.
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