A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu esta segunda-feira (19) uma "transição estável e pacífica" na Coreia do Norte e afirmou que os Estados Unidos desejam ter melhores relações com o povo norte-coreano após a morte do líder Kim Jong-Il.
Os Estados Unidos coordenarão, com Japão e Coreia do Sul, o tema Coreia do Norte", afirmou Hillary, que falou após um encontro com o colega japonês, Koichiro Gemba. O governo americano "está preocupado com o bem-estar da população norte-coreana", afirmou.
"Temos um interesse comum em uma transição estável e pacífica na Coreia do Norte, assim como na paz e na estabilidade regional", declarou.
A chefe da diplomacia americana acrescentou, sem dar detalhes a respeito, que se estabeleceram contatos com outros países integrantes do grupo de seis que negociam o desarmamento nuclear da península coreana (formada por China, Rússia, Japão, Estados Unidos e as duas Coreias).
Gemba também insistiu na necessidade de uma coordenação entre os Seis.
Mais cedo, o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, havia pedido uma abordagem "prudente" da questão norte-coreana, após a morte de Kim.
Panetta e seu colega sul-coreano, Kim Kwan-Jin, "concordaram", durante uma conversa telefônica, que "é crítico se manter prudente com relação a tudo o que está relacionado com a nossa postura de segurança ali (Coreia do Norte) e (Panetta) pediu que se mantenham informados mutuamente nos próximos dias", afirmou a jornalistas o secretário de imprensa, George Little.
"O secretário transmitiu ao ministro o sólido compromisso dos Estados Unidos com a estabilidade da península e com a nossa aliança", declarou Little.
Little informou que Panetta "deixou claro que os Estados Unidos estão ao lado da Coreia (do Sul) neste momento de incerteza" e sugeriu que os dois secretários de Defesa reconheceram que a morte do líder norte-coreano era um momento de mudança, marcado pela incerteza.
"Acho que os dois, o secretário (americano) e o ministro (sul-coreano), entendem que este é um momento delicado e que precisam observar com atenção o desenvolvimento dos fatos na Coreia do Norte e na Península", acrescentou.
Kim Jong-Il faleceu no sábado de infarto no miocárdio e seu filho Kim Jong-Un foi indicado para sucedê-lo, anunciaram nesta segunda-feira os meios de comunicação oficiais deste fechado regime que possui armas nucleares.
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