A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, ofereceu nesta sexta-feira (13) um tratado de paz à Coreia do Norte, a normalização das relações e o envio de ajuda, caso o regime comunista abandone seu programa de armas nucleares. Hillary também salientou sua intenção de desenvolver maior cooperação com a China.
Falando antes de embarcar para Japão, Indonésia, Coreia do Sul e China, na semana que vem, Hillary disse que os norte-coreanos merecem direitos políticos e, numa declaração que deve irritar Pequim, que os tibetanos e todos os chineses merecem liberdade religiosa.
Convencer a Coreia do Norte a abandonar seu arsenal nuclear deve ser um dos principais itens da pauta de uma semana de viagem dela à Ásia, em que tratará também de desafios como a crise financeira global e a mudança climática.
"Se a Coreia do Norte estiver genuinamente preparada para eliminar de forma completa e verificável o seu programa de armas nucleares, o governo Obama estará disposto a normalizar as relações bilaterais, substituir os antigos acordos de armistício da península por um tratado de paz permanente e a assistir no atendimento das necessidades energéticas e de outras necessidades econômicas do povo norte-coreano", disse Hillary na Asia Society, de Nova Iorque.
Diante de rumores sobre um teste norte-coreano de um míssil de longo alcance, Hillary afirmou esperar que Pyongyang não adote medidas "provocativas", que dificultem a colaboração dos EUA. "Grande parte disso depende das escolhas que eles fizerem", declarou.
Hillary também salientou seu desejo de trabalhar com a China, apesar das antigas preocupações dos EUA com a situação dos direitos humanos no país.
"É do nosso interesse trabalhar mais arduamente para avançar em áreas de preocupação comum e oportunidades compartilhadas", afirmou ela, acrescentando que ainda neste mês Pequim e Washington retomarão discussões em nível militar, abandonadas no ano passado numa reação da China à venda de armas dos EUA para Taiwan.