A senadora Hillary Rodham Clinton deverá manifestar um apoio crucial nesta terça-feira (26) ao homem que golpeou seus sonhos presidenciais na disputa de 2008, pedindo aos delegados e milhões de partidários que apóiem Barack Obama, antes que os caciques democratas sacramentem a luta do senador por Illinois para ser o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Hillary e outros democratas de importância que discursarão hoje - como os governadores Mark Warner (Virginia), Kathleen Sebelius (Kansas) e Ed Rendell (Pensilvânia) também deverão desviar o foco dos discursos para a economia, abordando a crise no crédito imobiliário, o desemprego e os altos preços da gasolina.
O presidente George W. Bush deverá ser apontado como responsável em larga medida pela desaceleração econômica. Os oradores da noite, ecoando um tema repetido ao longo da semana em Denver, vão indicar que uma Casa Branca ocupada por McCain será uma receita para mais do mesmo.
"O senador McCain afirma que a economia tem ido maravilhosamente bem sob o presidente Bush. O senador McCain afirma que a economia dos EUA está fundamentalmente saudável. Eu não sei para quem ele está falando", disse Laura Tyson, ex-presidente do Conselho de Assessores Econômicos no governo Clinton, a delegados na segunda-feira. "Esta é uma situação econômica em que a economia parece que se expandiu sob o presidente Bush, mas as famílias de classe média foram deixadas para trás".
A habilidade da senadora Hillary Clinton em discursar para seus partidários e convencê-los a apoiar Obama poderá significar a diferença entre a vitória ou a derrota para o Partido Democrata em 2008. Obama será nomeado candidato oficial do partido na quinta-feira, o último dos quatro dias da convenção nacional democrata no Pepsi Center, em Denver.
A senadora verificou, na tarde desta terça-feira, o palanque onde deverá discursar, acompanhada da sua filha Chelsea. Perguntada se estava nervosa com o discurso que fará, ela respondeu: "Você pode apostar."
"Não existe um problema de unidade no partido. Se alguém duvidar, espere para ver até mais tarde," disse hoje mais cedo o dirigente do Comitê Nacional do Partido Democrata, Howard Dean.
O candidato republicano John McCain, por sua vez, voltou a tentar incitar a senadora contra Obama, ao questionar, numa propaganda na televisão, a capacidade do ex-adversário de Hillary Clinton em lidar com uma série de novos desafios econômicos, políticos e de segurança. Hillary Clinton já denunciou essas táticas.
O discurso de Hillary na noite desta terça-feira se segue a uma noite na qual a esposa de Barack Obama, Michelle Obama, e o senador democrata Edward Kennedy fizeram eloqüentes discursos a favor da candidatura do senador por Illinois.
Obama discursará na convenção na quinta-feira, quando deverá aceitar a nomeação oficial da candidatura.
Hillary Clinton disse aos seus 18 milhões de partidários que ela apóia Obama e votará nele na noite de quarta-feira, mas ela não pode controlar as decisões dos mais de quatro mil delegados democratas que estão em Denver, muito menos dos milhões de partidários. Uma pesquisa recente indica que 30% dos partidários de Hillary têm a intenção de votar em McCain nas eleições presidenciais de novembro. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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