Praticamente empatado com o republicano John McCain nas pesquisas, o senador Barack Obama precisa aproveitar a visibilidade da Convenção Democrata para combater suas vulnerabilidades, mostrando aos eleitores que não é inexperiente para liderar os Estados Unidos.
Para isso, pretende usar sua nova arma - o recém-escolhido vice-presidente da chapa, Joe Biden, que deve compensar a inexperiência de Obama em relações exteriores. Biden também traz credenciais de "americano médio" para o democrata. Obama tem grande dificuldade para conquistar eleitores brancos de classe operária, que votaram maciçamente em Hillary Clinton nas primárias e não conseguem aceitar um candidato negro e de nome árabe.
Justamente por isso, o principal discurso de ontem, da mulher de Obama, Michelle, enfatizou o patriotismo de Obama e sua "história muito americana". "Barack e eu fomos criados com vários dos mesmos valores: que você trabalha duro pelo que você quer na vida; sua palavra é seu compromisso; você trata as pessoas com dignidade e respeito, mesmo que você não as conheça, e mesmo que não concorde com elas. E eu e Barack concordamos em guiar nossas vidas por esses valores, e passá-los para a próxima geração", disse Michelle.