O presidente da França, François Hollande, disse nesta sexta-feira que todos os franceses podem participar das manifestações no país, em referência ao protesto convocado para este domingo contra o massacre no semanário "Charlie Hebdo".
Hollande se reuniu hoje com a líder da ultradireitista Frente Nacional (FN), Marine le Pen, que afirmou que seu partido tinha sido excluído da manifestação.
"Todos os cidadãos podem ir para as manifestações, não há controle. É a mesma convicção, a mesma determinação, que deve levar muitos de nossos compatriotas a participar no domingo", afirmou.
O presidente argumentou que apesar de terem sido as forças políticas e sindicais quem convocou a passeata, "são os cidadãos que decidem" se participam ou não.
Hollande apelou mais uma vez para a união nacional e fez um pedido para que o país rejeite a "demagogia, as estigmatizações e as caricaturarização".
O governante tranquilizou a população e disse que os cidadãos vivem em um "estado de direito", com funcionários públicos que velam por sua segurança e proteção.
"Tenho confiança em nosso país. Demonstrou sua grande capacidade para se unir. Isso não impede que possam ocorrer horrores. Devemos assegurar que os franceses podem viver juntos, em segurança, para o futuro", acrescentou.
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