O candidato socialista François Hollande, favorito para a eleição de domingo na França, pediu ao eleitorado que compareça em massa às urnas, alertando que a abstenção elevada ajudou os "inimigos" de ultradireita a eliminarem a esquerda da disputa há dez anos.
Todas as pesquisas indicam uma folgada vitória de Hollande num segundo turno contra o presidente Nicolas Sarkozy, em 6 de maio. Mas ele teme que o "já ganhou" faça os eleitores preferirem ficar em casa.
"Não tenho garantia de nada, e ninguém pode me dizer qual será a ordem final ou o placar", disse o candidato, de 57 anos, em entrevista a uma TV, a três dias de uma rodada que eliminará oito dos dez candidatos.
Hollande e o conservador Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição, são os favoritos no primeiro turno, seguidos pela ultradireitista Marine Le Pen, da Frente Nacional, que espera repetir a "zebra" protagonizada por seu pai, Jean-Marie Le Pen, que passou ao segundo turno em 2002.
Falando ao canal BFM TV, Hollande disse que a esta altura da campanha, dez anos atrás, as pesquisas mostravam o então candidato socialista Lionel Jospin em segundo lugar, quatro ou cinco pontos à frente de Jean-Marie Le Pen.
Com as urnas abertas, Le Pen superou Jospin por um ponto percentual. No segundo turno, o conservador Jacques Chirac foi eleito graças ao voto anti-Le Pen de eleitores da esquerda.
Hollande se disse assombrado pelas lembranças de 2002, quando um grande número de candidatos nanicos e uma abstenção elevada contribuíram para reduzir a disputa ao que ele chamou de impasse entre Chirac e "os inimigos da república, a extrema direita".
Marine Le Pen, substituiu neste ano o pai no comando da Frente Nacional. Ao contrário de 2002, quando a disputa estava mais acirrada, desta vez ela aparece geralmente mais de dez pontos percentuais atrás do segundo colocado.
Na quinta-feira, Sarkozy também fez menção às zebras eleitorais francesas - mas em seu caso como algo pelo qual torce, e não para temer. "Permita-me lembrar-lhe que nunca houve uma só eleição em que o povo francês não tenha deixado de surpreender", disse ele à rádio Europe 1.
Em 2002, a abstenção ficou em 28 por cento, e as pesquisas indicam que desta vez ela pode chegar a 30 por cento.
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