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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse nesta quinta-feira que as regras que proíbem a mídia e as redes sociais de publicarem pesquisas de boca-de-urna e resultados eleitorais preliminares antes de um embargo oficial estão ultrapassadas, e não será surpresa se forem quebradas no domingo.

Durante o primeiro turno das eleições da França de 2007, sites de diversos jornais suíços e belgas pararam de funcionar por causa do excesso de internautas franceses que tentavam consultá-los, o que levou alguns sites a aumentarem a sua capacidade antes da eleição de 2012.

O órgão que supervisiona pesquisas na França planeja novas medidas para impedir a imprensa e os sites de redes sociais de vazarem os resultados da eleição presidencial de domingo, antes da divulgação oficial (15h de Brasília), e disse que não hesitará em processar infratores.

Sarkozy, que está bem perto do socialista François Hollande nas pesquisas de opinião para o primeiro turno no domingo, mas seria derrotado em um segundo turno em 6 de maio, disse que seria difícil evitar vazamentos em um mundo dominado por sites de rede social.

"Isso não me impressiona, porque o mundo se tornou uma vila", disse ele à rádio Europe 1, ao ser questionado sobre ameaças de meios de comunicação estrangeiros e sites de redes sociais de quebrarem as regras.

As regras existentes são destinadas a prevenir que os eleitores atrasados sejam influenciados por notícias sobre a tendência de voto. A Comissão de Pesquisa, que regula as pesquisas, deve detalhar novos passos na sexta-feira que visam endurecer o sistema.

"Nós temos regras que são às vezes ultrapassadas, todo mundo sabe disso", disse Sarkozy à Europe 1. "Não podemos criar uma fronteira digital entre a França e todos os outros países do mundo para proibir os outros de se comunicar com a França."

Sarkozy, que anunciou o fim da carreira política se perder a batalha pela reeleição, também criticou as regras de campanha que determinam que televisão e rádio devem dar tempo igual a todos os candidatos, ou seja, candidatos com pouco apoio têm o mesmo tempo de transmissão que os candidatos mais populares.

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