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França

Hollande realiza reunião de emergência para discutir segurança nacional

O presidente da França, François Hollande, realizou uma reunião de emergência para discutir a segurança nacional e frustrar possíveis novos ataques terroristas nos arredores de Paris, orquestrados por militantes da Al-Qaeda no Iêmen. Nesta semana, atentados realizados por quatro suspeitos deixaram 20 mortos na sede do jornal Charlie Hebdo, em um supermercado kosher e em uma gráfica.

Hollande se encontrou com autoridades do governo e dos órgãos de segurança na manhã deste sábado para discutir como garantir a segurança do país em meio a preocupações de que os responsáveis pelos ataques integram uma rede extremista internacional. Participaram da reunião o primeiro-ministro Manuel Valls, o ministro do Interior Bernard Cazeneuve e a ministra da Justiça Christine Taubira. Com os ataques, a segurança em pontos turísticos e religiosos de Paris foi reforçada.

"As ameaças enfrentadas pela França não terminaram", afirmou o presidente francês em declaração em rede nacional de TV na sexta-feira. "Somos cidadãos livres que não cedem à pressão". A polícia francesa agora foca sua atenção nas buscas pela quarta suspeita, Hayat Boumeddiene, que tinha um relacionamento com Amedy Coulibaly, responsável pelo ataque ao supermercado em Porte de Vincennes. Acredita-se que Boumeddiene esteja armada e ofereça risco aos cidadãos franceses.

Também no sábado, a rádio francesa RTL divulgou um áudio de Coulibaly durante o cerco policial ao mercado. Na gravação, o suspeito faz duras críticas às campanhas militares do ocidente contras extresmistas na Síria e no Mali. Coulibaly ainda descreve Osama bin Laden como uma inspiração. Após o ataque aos irmãos Said e Cherif Kouachi, que mantinha um refém em uma gráfica perto do aeroporto internacional Charles de Gaulle, os policiais invadiram também o supermercado e mataram Coulibaly.

O braço da Al-Qaeda no Iêmen afirmou ter dirigido o ataque contra o jornal Charlie Hebdo, realizado na quarta-feira. O objetivo da organização terrorista era vingar a honra do profeta Maomé, que era alvo frequente das charges satíricas da publicação.

No domingo, a França realizará uma grande manifestação para mostrar união contra os extremistas e demonstrar respeito e luto pelas vítimas. Líderes como David Cameron, o primeiro-ministro britânico, e Angela Merkel, chanceler da Alemanha, devem participar.

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