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rota de refugiados

Homem-bomba de Paris pode ter tido cúmplice em viagem até a França, dizem fontes

Pessoas fazem homenagem em um dos locais dos ataques em Paris | Vincent Gilardi/Fotos Públicas
Pessoas fazem homenagem em um dos locais dos ataques em Paris (Foto: Vincent Gilardi/Fotos Públicas)

Um dos homens-bomba de Paris pode ter viajado com um cúmplice quando atravessou os Bálcãs a caminho da Europa Ocidental, após entrar na Grécia se fazendo passar por um refugiado sírio, disseram fontes policiais e da área de inteligência.

O agressor também pode ter chegado a Paris mais rápido e facilmente do que esperava, uma vez que a passagem dos requerentes de asilo pelas fronteiras nacionais foi acelerada no auge da crise migratória na Europa para evitar gargalos, após a Hungria ter fechado suas fronteiras, ironicamente para impedir a entrada de supostos militantes.

O homem que se explodiu perto do Stade de France nos ataques de sexta-feira (13), que mataram 129 pessoas, foi identificado com base em um passaporte sírio encontrado perto de seu corpo como Ahmad al-Mohammad, de 25 anos, da cidade de Idlib, do noroeste da Síria.

A verdadeira identidade do suicida se tornou um ponto-chave para os investigadores franceses, com o foco sobre se o passaporte é genuíno, dizem fontes próximas à investigação.

Apesar de relatos da mídia de que pode ser falsificado, os investigadores também estão olhando para a possibilidade de que seja verdadeiro, mas poderia ter sido roubado ou comprado de um refugiado depois que chegou à Europa e, posteriormente, usado pelo agressor, dizem as fontes.

Constam nos registros da Grécia que o titular do passaporte chegou com 198 refugiados por barco a partir de Turquia em 3 de outubro em Leros, uma pequena e pitoresca ilha grega.

Autoridades francesas disseram que as impressões digitais do homem que se explodiu condiziam com as do que desembarcou em Leros.

Segundo funcionários gregos, Mohammad parecia não estar viajando com alguém específico, apesar de ter chegado com os outros. Mas uma fonte da área de inteligência na Macedônia, um dos países por onde ele passou, falou que há “uma grande investigação nos Bálcãs sobre a rota de dois dos terroristas”.

A fonte, que não quis ser identificada, indicou à Reuters que a Macedônia estava coordenando a sua ação com a Grécia, e que um companheiro estava com Mohammad no momento em que comprou bilhetes de balsa para Pireu, na Grécia continental.

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