O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, afirmou nesta sexta-feira (17), na Cúpula semestral do Mercosul em Brasília, que o concretização de um acordo com a União Europeia (UE) é uma “questão prioritária” para o bloco.
Cartes, que assumiu das mãos do Brasil a presidência rotativa do Mercosul, ressaltou que a integração entre os continentes é necessária para poder avançar com outros acordos.
Nesse sentido, citou “os interesses comuns” entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, grupo integrado por México, Equador, Peru e Chile.
Em seu discurso, Cartes pediu a seus sócios que abordem “soluções inadiáveis”, como a eliminação das barreiras que impedem um comércio interno “fluído e eficiente”.
Este foi exatamente um dos temas tratados na véspera, durante a reunião semestral do Conselho Mercado Comum (CMC) do Mercosul, integrado pelos ministros de Relações Exteriores do bloco.
Atendendo à proposta de Paraguai e Uruguai, o Mercosul decidiu que nos próximos seis meses estudará fórmulas para pôr fim a todas as barreiras tarifárias que persistem dentro do bloco, o que representa um sério obstáculo ao comércio entre os países-membros.
Cartes celebrou os avanços, mas precisou que o Mercosul “ainda tem um longo caminho para percorrer para conseguir seus objetivos fundacionais”.
O Paraguai recebeu hoje a presidência temporária do Mercosul, a primeira vez desde que o país foi suspenso em 2012 por causa da cassação do então presidente Fernando Lugo, considerada pelo bloco como uma “ruptura” da ordem democrática.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.