O principal hospital da cidade síria de Deraa recebeu os corpos de pelo menos 37 manifestantes que morreram em confrontos com forças de segurança, disse um autoridade hospitalar nesta quinta-feira.

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Forças de segurança abriram fogo contra centenas de jovens na entrada para Deraa na tarde de quarta-feira, segundo testemunhas, em uma escalada dramática dos protestos que deixaram ao menos 44 civis mortos desde sexta-feira.

Cerca de 20 mil pessoas marcharam nesta quinta-feira nos funerais para nove dos mortos, gritando slogans de liberdade e negando informações oficiais de que infiltrados e "gangues armadas" foram responsáveis pelas mortes e a violência em Deraa.

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"O sangue dos mártires não será derramado em vão!", gritavam no cemitério no sul de Deraa.

Enquanto soldados sírios armados com fuzis AK-47s rondavam as ruas da cidade, moradores esvaziavam as prateleiras de lojas de produtos básicos e disseram temer que o governo do presidente Bahsar al-Assad esteja decidido a reprimir a revolta com força.

Assad é um aliado próximo do Irã, país que é uma peça-chave no governo do vizinho Líbano e que apoia grupos militantes contrários a Israel. Ele rejeitou demandas crescentes pela reforma na Síria, um país de 20 milhões de pessoas governado pelo Partido Baath desde um golpe em 1963.