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Mulher chora fora do necrotério esperando liberação do corpo de parente que morreu na prisão | REUTERS/Jorge Dan Lopez
Mulher chora fora do necrotério esperando liberação do corpo de parente que morreu na prisão| Foto: REUTERS/Jorge Dan Lopez

A identificação das 358 vítimas do incêndio da prisão de Comayagua, no centro de Honduras, transcorre a passos lentos, já que cinco dias depois do ocorrido as autoridades ainda não divulgaram as causas desse incidente.

O último boletim do Ministério Público, divulgado neste domingo (19), assinala o número de 359 mortos ainda é mantido em 359, incluindo uma mulher que visitava seu marido. Das 103 autópsias realizadas até o momento, apenas 38 corpos foram identificados.

Pelo menos cinco dos dez presos que deram entrada no Hospital Escola de Tegucigalpa morreram entre a última quarta-feira e sábado, enquanto um se encontra em situação "crítica" e outros três em estado "estável", completa a mesma fonte.

De acordo com o comunicado o órgão judicial, dos 38 corpos identificados, 19 tinham sido entregues aos seus parentes.

As autópsias estão avançando graças à ajuda de legistas que vieram do Chile, El Salvador, Guatemala, México e Peru, além de mais uma equipe da Cruz Vermelha Internacional, disse à agência Efe o porta-voz do Ministério Público, Melvin Duarte.

Atendendo um pedido do presidente hondurenho, Porfírio Lobo, uma equipe de especialistas americanos também começou a participar das investigações para determinar as causas do acidente na última sexta-feira.

Até o momento, as autoridades locais trabalham com várias hipóteses, como um ato criminoso, um curto-circuito e a queima de um colchão. No entanto, nenhuma versão foi confirmada.

Os relatórios da Secretaria de Segurança e o Ministério Público também não registram a fuga de nenhum preso, dos 852 que estavam no local na hora do incidente, que ocorreu na última terça-feira.

Segundo o porta-voz do Ministério Público, a tarefa de identificação dos corpos é árdua devido ao fato de que dezenas de corpos apresentam um alto grau de calcinação, que, inclusive, precisariam de exames de DNA para descobrir a identidade do preso falecido.

No último sábado, outra fonte do Ministério Público indicou que dos 358 cadáveres, somente 80 seriam identificados através de suas impressões digitais, enquanto o resto precisaria de técnicas mais sofisticadas e, por consequência, mais lentas.

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