O Ministério da Defesa do Iêmen anunciou nesta sexta-feira a morte no país do líder da Al Qaeda na Península Arábica, Anwar al-Awlaki, clérigo radical americano de origem iemenita e um dos terroristas mais procurados internacionalmente.
Além de Awlaki, morreram na operação outros supostos membros da Al Qaeda, embora por enquanto se desconheçam mais detalhes sobre o caso, de acordo com um comunicado do Governo iemenita.
Segundo precisaram fontes militares consultadas pela Agência Efe, o clérigo radical morreu em um ataque aéreo da aviação americana durante a madrugada desta sexta-feira na província de Shabua, localizada 570 quilômetros ao sudeste de Sana.
Em maio deste ano, o clérigo saiu ileso de outro ataque aéreo perpetrado pelos EUA na mesma província, refúgio de muitos membros da organização terrorista, que em algumas ocasiões contam com o apoio das tribos locais.
Sobre Awlaki, nascido em território americano mas residente no Iêmen desde 2002, pesava uma ordem de captura dos EUA desde abril de 2010, depois que foi incluído na lista de terroristas da CIA.
O clérigo começou a ganhar notoriedade quando foi acusado de manter contatos com o comandante americano Nidal Malik Hasan, que matou 13 pessoas em novembro de 2009 na base de Fort Hood, no Texas.
Além disso, ele próprio reconheceu ter doutrinado o jovem nigeriano Farouk Abdulmutallab, que tentou explodir uma pequena bomba durante um voo comercial que aterrissaria em Detroit (EUA) em 25 de dezembro de 2009.
Awlaki tinha defendido os atentados cometidos pela Al Qaeda contra os americanos como vingança pela morte de "milhares" de muçulmanos no Iraque, no Afeganistão e nos territórios palestinos.
A rede terrorista Al Qaeda conta com campos de treinamento no Iêmen, segundo as autoridades iemenitas e americanas, e acredita-se que centenas de partidários desse grupo estão escondidos nas montanhas do sul do país, especialmente na província de Shabua.
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